Que Hashem, o D-us do sopro de vida de toda criatura ponha um homem
sobre a congregação (Números 27:16-17). O Koznitzer Rebe comentou que Moisés pediu a D-us para
nomear um líder “para toda a criatura (carne)”, lechol basar Com o rearranjo das letras da palavra
‘Basar’ (בָּשָׂר), ele
formou a palavra ‘Shavar’ ,
que significa “quebrar em pedaços”, e concluiu que um verdadeiro líder deve ter
um coração quebrantado e partido , isto é; aquele que
pode simpatizar e ter misericórdia de seu povo. Ele não deveria ser orgulhoso
ou aristocrático. “Tome Yehoshua (Josué), filho de Nun
– (“filho do peixe”), um homem em quem há o
‘Espírito’ (רוּח), e põe
a tua mão sobre ele” (Números 27:16-18).
No Talmud os Sábios observam que a palavra aramaica “Nun” (נוּן) significa “peixe”, um
símbolo de atividade e de vida. Josué – Yehoshua (יְהוֹשֻׁעַ), o escolhido que sucedeu Moisés e
levou o povo para a Terra Prometida, foi o “Filho da Vida” (בִּן נוּן) – uma imagem clara do Messias ben
HaMevorach.
Assim como pedimos a D-us pelo ‘pão de cada dia’ – ‘Lechem
Chukeinu’ , ou seja, provisão,
prosperidade e assim por diante…, por isso pedimos pela nossa libertação
diária: “Não nos leve para um teste difícil, e livrai-nos do maligno” (uma
oração que realmente deveria ser recitada a cada manha – Mt 6:13).Note que o
termo traduzido como “mal” em muitas traduções (“livrai-nos do mal”) é um
substantivo em vez de um adjetivo: τοῦ πονηροῦ, ou seja; ‘do maligno’… do
perverso que anda pelas ruas da vida…
Nosso ‘pão de cada dia’ – ‘Lechem Chukeinu’ e nossa libertação diária – estão
conectados com a nossa decisão de ‘escolher a vida’ – e escolher sempre a vida – mesmo nos momentos difíceis, angustiantes, de
luto… e mesmo quando poderíamos estar desejando não viver mais…
Escolher a vida significa recusar-se escapar da realidade ao
fugir da importância de nossas escolhas; isso significa encontrar a vontade de
considerar a vida como digna e preciosa; isso implica deixar o luto no seu
prazo, parar de lamentar os erros do passado e assim por diante… e que vamos
“comer o pão nosso de confiança” que ‘Hashem’ (D-us) está cuidando de nós,
mesmo nas horas mais obscuras das nossas vidas… Escolher a vida (Bacharta
be’chayim) significa recusar-se a ‘comer o fruto da morte’ e buscar a Árvore da
Vida (עץ חיים). Vivendo um dia de cada
vez; nós realmente apenas temos hoje…
Verdadeiramente em D-us (HaVaYah), o Ein Sof (Eterno) nós
“vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”.
A palavra hebraica para “vida” é Chayim (חַיִּים), além de ser um
substantivo plural, contém duas letras ‘Yud’s’ consecutivas (יי) aludindo que temos varias
‘vidas’ em nós.
E as duas letras consecutivas ‘Yud’s’ (יי) aludem à imagem de duas
“mãos unidas” (a letra hebraica Yud significa “mão” Yad – [יָד]), ou a união do nosso
hálito com o Hálito de D-us (רוח
הקודש).
A palavra em si revela que não há vida (חַיִּים) além da união com
D-us, e que para D-us não há mortos, pois todos estão vivos diante Dele.
Talmidim Claudio Melo
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